segunda-feira, 13 de agosto de 2007

CONVERSA GRAVADA DE PILOTO LOGO APÓS DESASTRE DO AIRBUS REVELA RAIVA CONTRA CONGONHAS


Fonte: videversus

Em conversa mantida cerca de uma hora após o desastre do Airbus A320 da TAM, no dia 17 de julho, pilotos de um vôo da TAM, de um vôo da Gol e de um outro vôo não identificado se dizem favoráveis ao fechamento definitivo do aeroporto de Congonhas e falam que os responsáveis pelo acidente deveriam ir para a cadeia. A conversa foi mantida na freqüência de rádio 121,5, exclusiva para emergências, segundo convenção internacional da aviação. É proibido usar essa faixa a não ser para pedidos de socorro. "Tem que parar aquela porcaria daquele aeroporto lá e nunca mais abrir", diz o comandante de um dos vôos durante a conversa. O interlocutor concorda e responde: "Tem que parar essa merda toda e botar na cadeia quem tiver que botar na cadeia". Na gravação, os pilotos se identificam como tripulantes do vôo 3414, da TAM, que ia de Porto Alegre para o aeroporto internacional Tom Jobim, no Rio de Janeiro, e do vôo 1864, da Gol, que partiu de Curitiba com Fortaleza. Um terceiro piloto, de vôo não identificado, entra na conversa após um operador de área intervir e alertar que a comunicação estava sendo captada pelo centro de controle do tráfego de Curitiba. Ele diz que "só com a morte igual da Gol, em setembro, e agora da TAM" providências serão tomadas para melhorias no sistema aéreo do País. Os pilotos também comentam o incidente com um avião da companhia Pantanal, que derrapou durante pouso na mesma pista principal do aeroporto de Congonhas sem deixar feridos um dia antes da tragédia. "Isso aí já teve uma vítima. O Pantanal saiu e ninguém fez nada”. Adiante, o mesmo piloto critica a reforma no aeroporto de Congonhas. "Incrível, três meses de obra, com nosso dinheiro, botando num saco sem fundo lá, fazendo shopping e não fizeram nem o grooving lá naquela merda”. O da Gol responde: "Não sei se vão fazer alguma coisa contra esses caras". "Mas eu afirmo: foram eles que mataram", diz, referindo-se aos responsáveis por Congonhas e pelas obras no aeroporto.

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