da Folha Online
05/08/2007 - 21h58
Danilo Verpa/Folha Imagem
Rivaldo Gomes/Folha Imagem
O prédio da TAM Express, na avenida Washington Luís (zona sul de São Paulo), foi demolido exatamente às 15h30 deste domingo, 19 dias depois do acidente com o Airbus-A320 da empresa, que matou cerca de 200 pessoas, sendo 187 ocupantes do avião. A operação demorou 3 segundos. Veja galeria de fotos.
Rivaldo Gomes/Folha Imagem
O prédio da TAM Express, na avenida Washington Luís (zona sul de São Paulo), foi demolido exatamente às 15h30 deste domingo, 19 dias depois do acidente com o Airbus-A320 da empresa, que matou cerca de 200 pessoas, sendo 187 ocupantes do avião. A operação demorou 3 segundos. Veja galeria de fotos.
A CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) interditou ruas e avenidas para a demolição do prédio por alguns minutos para garantir condições de segurança no local, mas a maioria já foi liberada. Apenas a Washington Luís, sentido centro/bairro, permaneceu fechada por mais tempo, mas foi liberada também por volta das 17h.
A pista centro/bairro estava interditada desde o dia do acidente. A interdição da Washington Luís, uma das avenidas mais movimentadas da cidade, complicava o trânsito na região, forçando o desvio de ônibus e deixando mais pesado o movimento em ruas do bairro.
A operação deste domingo consumiu 75 quilos de dinamite, distribuídos em 300 pontos, e a fachada do edifício recebeu telas para evitar que os estilhaços se espalhassem. Uma nuvem de fumaça e cinzas cobriu o local. Uma pequena parte do prédio, onde foram colocados menos explosivos por causa da proximidade de outros imóveis, teve que ser demolida com máquinas.
A implosão derrubou também três edículas que eram vizinhas do prédio. Segundo a Defesa Civil, a derrubada era prevista e as três casas não tinham moradores --duas estavam vagas para alugar e uma está à venda.
Já a Defesa Civil pediu que moradores de quatro quarteirões nos arredores do prédio deixassem suas casas momentaneamente. Antes de retornarem, uma equipe checou as estruturas e encanamentos de gás, para assegurar que nada foi afetado.
As duas pistas do aeroporto de Congonhas ficaram fechadas para pousos e decolagens das 15h10 até as 16h por causa da demolição.
Depois que a Defesa Civil liberar o galpão, uma empresa contratada pela TAM, a americana BMS CAT (a mesma que, em 2001, fez a varredura nos destroços do World Trade Center), irá trabalhar no resgate de objetos pessoais das vítimas. Ainda não há previsão de quanto tempo levará a retirada do entulho.
O material acumulado após a implosão vai encher 1.000 caminhões. Serão 18 mil toneladas de concreto, segundo a Defesa Civil. O local de destino ainda é estudado, mas pode ser um galpão da Aeronáutica em São Carlos (a 231 km da capital).
Praça
A TAM doará a área do prédio à Prefeitura de São Paulo para a construção de uma praça em memória das vítimas do acidente ocorrido no local no último dia 17 de julho.
Além do governador José Serra e do prefeito Gilberto Kassab, o secretário de Subprefeituras, Andrea Matarazzo, o presidente da CET, Roberto Scaringella, e o secretário de Segurança Pública, Ronaldo Marzagão, presenciaram a implosão.
Interdições
Desde o acidente, ao menos 22 imóveis no entorno do local permanecem interditados, como prevenção. A previsão é que a Defesa Civil comece a contatar os proprietários a partir desta semana para vistorias e, então, a liberação das casas.
Para a retirada do entulho, ainda permanecem interditadas as ruas Baronesa de Bela Vista (entre rua Visconde de Castro e rua Visconde de Aguiar Toledo), Barão de Suruí (entre as avenidas Washington Luís e Barão do Rego Barros) e Otávio Tarquínio de Souza (entre as avenidas Washington Luís e Barão do Rego Barros).
Nenhum comentário:
Postar um comentário