Christina Fontenelle
Algumas das manchetes estampadas na edição do jornal Folha de São Paulo desta quarta-feira induzem grande parte da população que costuma se informar sobre os fatos pelas letras garrafais dos jornais a erro. Uma delas: “Caixa-preta do Airbus da TAM indica falha do piloto”. Não é verdade. Ao contrário (e se a matéria for atentamente lida até o final isso não será difícil de concluir), tudo aponta para que a falha tenha sido mesmo do sistema do mecanismo de frenagem, de aceleração e de desaceleração – todo automatizado – do Airbus A-320.
Algumas das manchetes estampadas na edição do jornal Folha de São Paulo desta quarta-feira induzem grande parte da população que costuma se informar sobre os fatos pelas letras garrafais dos jornais a erro. Uma delas: “Caixa-preta do Airbus da TAM indica falha do piloto”. Não é verdade. Ao contrário (e se a matéria for atentamente lida até o final isso não será difícil de concluir), tudo aponta para que a falha tenha sido mesmo do sistema do mecanismo de frenagem, de aceleração e de desaceleração – todo automatizado – do Airbus A-320.
A empresa que fabrica o jato incorporou ao sistema um dispositivo de aviso que alerta para o procedimento que deve ser adotado pelos pilotos no caso de pouso com um dos reversores pinados e sobre os encaixes corretos das manetes. Porém, não foram todas as aeronaves A-320 que receberam estes novos equipamentos de alerta. Será que o Airbus A-320 da TAM que se acidentou no último dia 17 de julho possuía este equipamento? Provavelmente não.

Neste caso, a aderência da pista e o aparelhamento adequado da área de escape, ao lado e ao final da mesma, são decisivos para evitar que aconteça uma tragédia do tamanho da que ocorreu em Congonhas. O peso da aeronave também é importante. Parece que a CPI do Apagão está propensa a apontar como uma das causas do acidente justamente essa falha mecânica do Airbus A-320.

Vou insistir: falha na concepção do sistema de frenagem do Airbus (ou a não adição na aeronave da TAM do novo dispositivo de segurança adicionado ao sistema depois de um acidente idêntico em Taipei), mais deslizamento na pista (sem grooving e sem material de atrito mais moderno – indicado pela NASA), mais falta de área de escape ao final da pista de pouso foram as causas mais prováveis para que o acidente com o Airbus da TAM – vôo 3054 – tenha se transformado na maior tragédia da história da aviação brasileira.
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