sexta-feira, 27 de julho de 2007

Ministro da Defesa, incógnita chave para eventual 3º mandato

Por Orion Alencastro

Do Observatório de Inteligência

Do site: Brasil Acima de Tudo (http://brasilacimadetudo.lpchat.com/)


Foi com extrema indiferença que assistimos os atos de investidura do advogado Nelson Azevedo Jobim e de transmissão do cargo de Ministro de Estado dos Negócios da Defesa, o primeiro em cerimônia presidida pelo Chefe da Nação, Luiz Inácio da Silva, e reproduzidos pela mídia.

Em um país continente, se contasse com uma sociedade civil e política instruída e educada, o ato teria ampla repercussão e um ambiente apropriado para receber inúmeros convidados e figuras das mais significativas na condução do destino do país.

A posse do político, mais um do PMDB, foi apenas mais um evento de escolha de um sucessor na direção do Ministério da Defesa, sempre aqui tratado como o ministério trambolho criado por FHC, sob a pressão do apadrinhamento de Bill Clinton. Na verdade, foi um sutil complô contra as forças de defesa da América Latina para a facilitação da cobiça internacional, dentro do marco da globalização. O objetivo: neutralizar o assessoramento e a participação direta das forcas armadas no conjunto da governança política e estratégica do país, conforme recomendação do famigerado Diálogo Interamericano.

Diplomacia e inteligência em jogo

Se, para a comunidade nacional, a nomeação do novo ministro significou um ato meramente administrativo face à emergência da questão de segurança da aviação civil, visando salvar as aparências da incompetência do Governo, no campo externo a notícia foi amplamente registrada e comentada.

Os distintos serviços de inteligência civis e militares dos países mais expressivos nas relações com o Brasil entraram em operação para subsidiar seus governantes com o significado do novo titular, ao mesmo tempo em que as embaixadas acreditadas em Brasília despachavam seus relatos circunstanciais às respectivas chancelarias. Diplomacia e Defesa são faces de uma mesma moeda na ação político-estratégica internacional, ambas se complementam para o estabelecimento e projeção de acordos, alianças, cooperação e salvaguardas geopolíticas.

Diplomacia 3º mundista
Os EUA, países europeus e asiáticos concentram especiais atenções na estabilidade política, na democracia e nas garantias jurídicas para a segurança de seus interesses na América Latina, principalmente em relação ao Brasil. Na reflexão de gabinetes de distintos governos e organismos internacionais, há duvidas em relação ao que acontece nos bastidores do governo presidido por Luiz Inácio da Silva.

A atitude morna do governo brasileiro frente às questões do terrorismo internacional, narcotráfico, contrabando de armas, o cumprimento dissuasivo da agenda do Foro de São Paulo e as mesuras para com o ditador Hugo Chávez, o veterano Fidel Castro e os paises em órbita da Venezuela, instigam os vários centros de decisões e centros de estudos estratégicos internacionais que exercitam a análise prospectiva.

O Brasil, aos olhos do mundo democrático, necessita esclarecer as dúvidas que pairam sobre o seu destino político. A ordem global aguarda a sua determinação para ser potência de 1a. grandeza, o seu verdadeiro conceito estratégico nacional, ou então que se definhe de vez, arrastando-se pelo terceiro mundismo com a atual orientação do triunvirato da diplomacia tupiniquim.

Falamos do trio Marco Aurélio Garcia, Celso Amorim e Pinheiro Guimarães, os instrumentadores do pensamento e da língua do metalúrgico presidente, apoiado no poder pelos movimentos sociais, pelos correntistas do fomiséria, pelas forças subterrâneas de sustentação e a “aliança” partidária.

A arte do 3º mandato e as Forças Armadas

O ditador Hugo Chávez ensinou seu aprendiz brasileiro a se manter no poder incólume, esquecendo a opinião pública e falando sempre para os de baixo. Recordemos, Luiz Inácio da Silva externou interesses de ter Jobim como o seu vice de chapa na estratégica da reeleição. Este, na qualidade de ex-chefe do STF, seria o elemento chave para futuras manobras com o judiciário e excelente cabo de guerra para aprimorar intimidades com os parlamentares no período legislativo 2007-2010.

No momento, o Chefe da Nação se orienta com pareceres sigilosos de juristas para os cenários de possibilidades de imitar Chavez na permanência pós 2010.

Fatos inusitados estariam por acontecer pelo processo gramscista e pela guerra assimétrica das forças sociais controladas e subsidiadas pelo 4o andar do Palácio do Planalto, sinalizadas pela forca nacional de guerrilha rural e urbana, sob coordenação dos companheiros dos MSTs e da CUT, e das ações submersas do anfíbio vermelho petista pelo pais, desde a denúncia da quadrilha de criminosos que agiam à sombra do presidente da República.

Por outro lado, não seria surpresa para o Observatório de Inteligência, com a investidura de Jobim na Defesa, o presidente vir a distrair os militares com novos brinquedos de guerra e conferir-lhe bons soldos, à semelhança do que pratica o ditador Hugo Chávez.

Isto significa ludibriar os cidadãos de fardas, capitulando suas consciências, fazendo-os traidores da Nação, através da concordância de que, para o quadro da situação criado pelo gramscismio até 2010, seria aconselhável instituir facilidades eleitorais ou jurídicas para o acalentado 3o mandato do domiciliado no Palácio da Alvorada.

O Ministério da Defesa da Inglaterra levou 40 anos para ser instituído. Aqui no Brasil, nasceu de uma penada e hoje, reúne uma galeria de retratos de incompetentes. Fazemos votos de que Nelson Jobim seja uma surpreendente revelação no Ministério da Defesa para o bem da nossa sofrida e querida Pátria.

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