TRAGÉDIA DE UMA SOCIEDADE COVARDE

Será que alguém cretino e calhorda dirá agora que acidente em SP foi fruto do crescimento dos vôos e que as famílias das vítimas precisam relaxar e gozar?

GRITO DE SOCORRO...
Nilmar Velasco

MALDITA CAMARILHA QUE SE OCULTA NA ILHA
PARA PREPARAR A ARMADILHA E A PARTILHA
DOS BUTINS E SAQUES COMO MATILHA
INSACIÁVEL QUE DIA-A-DIA FERVILHA

SACIEM-SE, OH!, MÍSEROS, COM A CARNE ASSADA
DAS CENTENAS DE VÍTIMAS DA CILADA
QUE HÃO DE ACUSÁ-LOS PELA TRAGÉDIA ANUNCIADA
DIANTE DA INCÚRIA E NEGLIGÊNCIA DESSA CAMBADA

ESSES CRIMES LHES SERÃO COBRADOS, SEUS FILHOS DA PUTA
CLAMA AOS CÉUS A PERMUTA DE LADRÕES NA DISPUTA
DOS DESPOJOS, COMO BANDOS DE CHACAIS EM LUTA
PELO QUE PERTENCE AO POVO, EM SUA DIUTURNA LABUTA

O CASTIGO ESTÁ POR DEUS ESCRITO
PELO QUE FAZEM COM ESSE ROR DE AFLITOS
NEGANDO-LHES VIDA E IMPONDO-LHES SOFRIMENTO INAUDITO
OUVIRÃO O CHORO DOS VIVOS E MORTOS - ESTÁ ESCRITO...

QUE DEUS, NA SUA INFINITA MISERICÓRDIA, TENHA RECEBIDO, COM OS BRAÇOS ABERTOS,
AS VÍTIMAS DESTE HEDIONDO CRIME,
QUE DEVE SER IMPUTADO A ESSE LORPA QUE OCUPA A PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA
E TODA A QUADRILHA QUE O CERCA.
MALDITOS SEJAM...

O que aconteceu com o avião da TAM nunca poderá ser considerado um acidente. É antes de tudo um terrível sintoma da falta de atitude de uma sociedade que parece ter incorporado a covardia de não enfrentar um poder público delinqüente e corrupto, prevaricador por definição.
Os discursos corporativistas e a hipocrisia dos pedidos de providências investigativas já começaram e por certo irão culpar o piloto pelo acidente. Morto não pode reclamar.

Já está sendo divulgado que o avião desceu com excesso de velocidade o que a torre de controle terá que confirmar, pois as condições de pouso do avião devem ter sido controladas durante o diálogo do piloto com os controladores de vôo que, compulsoriamente, teriam que ter avisado o piloto que o mesmo não poderia pousar na pista molhada com excesso de velocidade pelos riscos já identificados por fatos que antecederam ao “acidente”.

Todos os contribuintes, por ignorância, cumplicidade, omissão ou apatia, diante da podridão dos Poderes da República, são culpados pela permanência de canalhas e calhordas no poder público, que somente se interessam pelas sinecuras proporcionadas pela prostituição da política ou pelo corporativismo sórdido que tomou conta do Centro Cultural da Corrupção Mundial – a Esplanada dos Ministérios.

Não importam as declarações e justificativas de um desgoverno corrupto, meliante, corporativista e prevaricador, para mais esta desgraça que se abate sobre dezenas de famílias que tiveram seus entes queridos mortos nesse desastre. Ele (o desgoverno) é o culpado por esta tragédia e a sociedade organizada, cúmplice. A certeza da impunidade faz com que as responsabilidades pelas nossas desgraças nunca sejam devidamente apuradas.

O caos aéreo que vivemos deixa claro que o Aeroporto de Congonhas, antes ou depois deste terrível desastre, já devia ter sido fechado para aviões de grande porte não importando as conseqüências econômicas para o Estado de SP e o enfrentamento dos interesses que tratam a vida humana com um absoluto descaso.

O poder público é incompetente, corrupto, prevaricador e vive se alimentando do sangue, suor e das lágrimas dos contribuintes.

As vaias que o Príncipe Retirante Pinóquio recebeu por mais de 70 000 cidadãos foram rigorosamente merecidas, pois este medíocre que se intitula “estadista” e “protetor” dos ricos e ignorantes não tem o mínimo mérito para ser um contínuo – que me perdoem os competentes contínuos – quanto mais um presidente da República.

No íntimo, na nossa passionalidade de revolta, e esquecidos momentaneamente dos ensinamentos de Deus, gostaríamos que este vôo tivesse um único passageiro e que ninguém mais morresse além deste verme. De qualquer forma continuamos pedindo a Deus todos os dias que nos livre dessa desgraça, líder da falência da moralidade, da honestidade, da verdade e da ética no país.

Seus militantes meliantes estão espalhando por todos os cantos do poder público com um absoluto sentimento da impunidade e da proteção corporativista para livrar “as gangs dos quarentas” e suas ramificações das justas punições que uma Justiça que possa ter esse nome deveria impor a todos esses patifes.

Enquanto a canalha da política não pára de explorar e roubar os contribuintes e viver com absoluta segurança e bem-estar, um aeroporto coloca, sistematicamente, em risco a vida dos cidadãos.

Já sabemos as possíveis versões que o jornalismo estatal comandado por outro verme mandará colocar nas páginas dos jornais, fazendo tudo para dar uma conotação de acidente sem culpados humanos para esta tragédia ou, então, tentará responsabilizar o piloto pela incompetência e calhordices do poder público em todas as suas esferas.

A cada dia que passa, ficamos mais distantes de nos livrarmos desses comunistas, desses corruptos, e desses prevaricadores que fazem o Estado se voltar contra aqueles que pagam seus salários e suas mordomias proporcionando em contrapartida, para quem os sustenta, uma vida cercada de injustiças, inseguranças e limitações de toda a ordem para o correto exercício dos seus direitos como cidadãos.

Não bastam vaias nem mais protestos. Precisamos de uma nova revolução muita mais dura do que a de 64, pois o poder público foi tomado em sua totalidade por todos os sórdidos traidores do país que se associaram ao petismo para se perpetuarem no poder em nome de um escroto assistencialismo populista que está fazendo, de um lado, os ricos mais ricos – especialmente os banqueiros e seus acionistas –, destruindo a classe média contestadora, criando uma sórdida burguesia comunista para dominar as oligarquias políticas prostituídas e, de outro, fazendo os pobres amantes da ignorância e do ócio – sustentados pelos cartões da preservação da pobreza – sua base de segurança política, uma delinqüência estatal que se perpetuará até que o país se transforme em um Estado Comunista de Direito.

Precisamos deixar de ser covardes e cercar o epicentro da corrupção para prender os canalhas que estão destruindo nosso país. Esses delinqüentes que se alojam na Esplanada dos Ministérios precisam ser destituídos e presos.

Precisamos deixar de ser covardes e não permitir mais que políticos sórdidos, corruptos e prevaricadores transitem pelo espaço público sem serem duramente contestados e vaiados. Vamos mandar essa gente de alma podre relaxar e gozar no inferno.

Não podemos mais aceitar os papéis de palhaços do Circo do Retirante Pinóquio.

Geraldo Almendra