terça-feira, 31 de julho de 2007

Nem direita, nem esquerda. Em frente!

Do site Brasil Acima de Tudo:http://brasilacimadetudo.lpchat.com/

Do Observatório de Inteligência

Por Hermes Arroyo D'Aguiar
31 de julho de 2007

Luiz Inácio da Silva está prestes a sujar o seu legítimo Armani dada a avalanche de adversidades que se apresentam a sua frente, nas últimas semanas. As manifestações explícitas de insatisfação e indignação em relação ao governo federal, ainda pontuais, já se constituem em ameaça concreta ao Chefe da Nação e à camarilha que ocupa o Palácio do Planalto.

O Movimento Contra a Impunidade e a Corrupção, lançado pela OAB-RS, as vaias efusivas no Maracanã na abertura e no encerramento dos Jogos Pan-Americanos, as vaias recebidas em sua viagem ao Nordeste, na tentativa frustrada de resgatar a auto-estima e exercitar sua teomania, e a iniciativa da OAB-SP e entidades civis com o movimento "Cansei" apresentam-se como os principais motivos da inquietação no Planalto.

A passeata realizada em solidariedade aos amigos e parentes das vítimas dos acidentes da Gol e da TAM ocorrida no último dia 29, em especial, está causando sensível preocupação entre os homens do presidente, para não falar do próprio. A mídia vendida omitiu os acontecimentos marcantes da manifestação. Não foram 3, nem 5 e nem 6 mil os paulistas que enfrentaram o frio e a manhã chuvosa do domingo em São Paulo para ir às ruas. Fontes confiáveis asseguram: havia 40 mil pessoas caminhando até o local da tragédia! Quem compareceu, certamente ouviu os gritos "Fora Lula" e "Fora Marta" em alto e bom tom! Não é a toa que o belíssimo e fino Armani corre sério risco de ser "batizado".

Jeito PT de ser e fazer

O medo no Planalto é tão visível que corre pela internet a notícia de que o PT está se organizando para tentar intimidar e coibir quaisquer manifestações populares que venham a engrossar as animosidades já existentes contra o governo de Luiz Inácio da Silva: "na opinião de aliados petistas do presidente, é preciso esboçar algum tipo de reação antes que esses movimentos, ainda que pequenos, comecem a se multiplicar, aproveitando uma oportunidade aqui, outra ali. Daí a idéia de o PT dar uma demonstração de força diante do "Fora Lula", um movimento com viés golpista."

Ora, ora, ora... quem conhece a história do Brasil sabe muito bem que quem deu o golpe fatal na sociedade brasileira foram estes senhores e senhoras que se instalaram no Palácio do Planalto. Os ex-guerrilheiros terroristas é que tomaram o poder. Quem são, na verdade, Marco Aurélio Garcia, Franklin Martins, José Dirceu, José Genoíno, Dilma Roussef, Eduardo Greenhalgh, Antonio Palocci, Bruno Maranhão e o próprio Luiz Inácio da Silva, senão os verdadeiros criminosos da Pátria, aqueles que desejavam e desejam fazer do Brasil, uma sucursal da extinta URSS?

Uma vez mais, o PT se utiliza da inversão de valores para tentar justificar suas ações delituosas. Acuado, a única saída é atacar. Sim, porque só ataca quem está com medo. E, se está com medo, é porque está sentindo a força do poder popular que desperta e se manifesta. E o que fazem estes senhores em situações semelhantes? Chamam seus braços armados para entrar em ação. Quem vão mandar dessa vez? UNE? MST? CUT? Quem sabe algum instrutor das FARC? Ou PCC? Ninguém! Seria assinar atestado de burrice. E burros eles não são. Ademais, a valorosa Polícia Militar vai estar presente na manifestação e, seguramente, não vai permitir que vândalos insandecidos pratiquem o terrorismo.

Estão acusando a tal oposição. Que oposição?? Desde quando "neftipaiz" existe alguma oposição? As manifestações são populares, nasceram da indignação da sociedade brasileira frente à impunidade, à corrupção escancarada, aos sucessivos escândalos que envolvem os três poderes. São eminentemente apartidárias. Prova é que, no último dia 29, a Polícia Militar retirou da manifestação pessoas com a bandeira do PSDB, dado que não se mobilizaram a sair apenas com as vaias dos manifestantes.

Passeata da Grande Vaia Fora Lula

A Passeata da Grande Vaia Fora Lula que acontece em São Paulo no dia 04 de agosto não é nem da direita, nem da esquerda. É a mais pura demonstração democrática da sociedade que deseja ver o Brasil ir em frente, crescer e resgatar sua condição de potência mundial, tomando-o de volta das mãos dos bandidos surrupiadores da Nação. Que seja uma de muitas expressões da vontade da sociedade brasileira! Avante, brava gente brasileira! Nem direita, nem esquerda. Em frente!

Outras cidades que aderiram ao movimento: Rio de Janeiro - Forte do Leme (Copacabana); Vitória - Concentração na Praça do Papa (Em frente ao Palácio do Café); Brasília - Concentração no Aeroporto JK; Curitiba - Concentração na Rua XV, em frente à Praça Osório; Belém - Praça do CAN; Porto Alegre - Aeroporto Salgado Filho; Maceió - 1º de agosto as 14:00 h concentração em frente ao tribunal de contas de Alagoas na Avenida Fernandes Lima.; Natal- Aeroporto Internacional Augusto Severo; Belo Horizonte - Concentração na Praça da Liberdade; Recife- concentração: marco zero (recife antigo)


Manifestações contra Lula preocupam Planalto


Por Vera Rosa e Leonencio Nossa
Fonte: http://www.estado.com.br/editorias/2007/07/31/pol-1.93.11.20070731.10.1.xml

Em reunião com ministros, presidente garante que vaias não vão mudar sua rotina de viagens pelo País.

Brasília - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está preocupado com os protestos contra seu governo, mas disse ontem que não vai se intimidar com vaias. Diante de ministros da coordenação política, no Planalto, afirmou que irá ao Rio Grande do Sul e ao Paraná por volta de 14 de agosto, quando retornar de seu périplo pelo México e por quatro países da América Central.

Na tentativa de evitar mais dissabores para Lula, como novas vaias, sua assessoria cancelara viagens que faria a Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina logo após a tragédia com o Airbus da TAM no Aeroporto de Congonhas, dia 17.

“Ninguém vai me emparedar”, afirmou Lula, na reunião de ontem. “Eu não vou deixar de andar o País por causa de vaia.” Pesquisas do tipo tracking, encomendadas pelo Planalto após o acidente em Congonhas, já indicam que a popularidade do presidente caiu, sobretudo em São Paulo, e em camadas das classes média e alta. O levantamento acendeu a luz amarela no Planalto, depois de dez meses de crise aérea.

Até agora, o governo não organizou nenhuma estratégia para enfrentar hostilidades, mas pretende observar as manifestações com cautela. Há, na avaliação do Planalto, duas situações distintas em meio aos gritos de “Fora Lula”: a primeira, considerada natural, de indignação das famílias de vítimas do acidente da TAM; a segunda, organizada pela oposição.

Um auxiliar direto do presidente disse ao Estado que o governo identifica o bordão “Cansei” como uma “coisa armada” pelos adversários, especialmente do PSDB e do DEM. O movimento foi lançado por empresários e tem apoio da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). O verbo cansei é sempre associado a substantivos que causam dor de cabeça ao Planalto, como corrupção e apagão aéreo.

Lula recebeu vaias na semana passada, em viagens ao Nordeste, e no dia 13, na abertura dos Jogos Pan-Americanos, no Rio. No diagnóstico do governo, porém, os apupos foram “superdimensionados” pela imprensa. Apesar de garantir que viajará para o Paraná e o Rio Grande do Sul no meio de agosto, o presidente - que hoje assina convênios do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) em Cuiabá e Campo Grande - não irá a Santa Catarina. A alegação oficial é de que “não terá tempo” para lançar pessoalmente o PAC em todos os Estados. Na sexta-feira, ele pretende reunir no Planalto governadores de 12 Estados que ainda não visitou e dar por encerrada essa maratona de viagens para assinar protocolos do PAC.

CONSELHO POLÍTICO

Além da crise aérea, outro assunto que tem tirado o sono do presidente é a prorrogação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) e da Desvinculação das Receitas Orçamentárias (DRU), cuja vigência termina em dezembro. A arrecadação estimada para este ano, só com a CPMF, é de R$ 36 bilhões, e o governo jura não ter como abrir mão desse dinheiro.

Ainda nesta semana, Lula participará da reunião do Conselho Político e pedirá à base aliada que ajude a aprovar a renovação da CPMF e da DRU. A oposição ameaça derrubar as duas e uma fatia do PMDB cobra cargos em estatais como Furnas para votar com o governo.

PT se reúne com movimentos sociais e sugere reaproximação
31 de julho de 2007

Por Moacir Assunção
Fonte: http://www.estado.com.br/editorias/2007/07/31/pol-1.93.11.20070731.2.1.xml?



O PT tenta recuperar a aproximação com os movimentos sociais que, de acordo com o próprio Campo Majoritário - tendência mais forte do partido -, “perderam vigor” nos últimos tempos. No 1º Colóquio PT x Movimentos Sociais, realizado ontem em São Paulo, o secretário nacional de movimentos populares do PT e ex-deputado estadual, Renato Simões, reconheceu as diferenças entre as instâncias, mas disse esperar que o diálogo se fortaleça. O presidente nacional do partido, Ricardo Berzoini, afirmou que há uma “conflitividade natural” na relação, mesmo quando há petistas do lado do governo e dos movimentos sociais.

“O próprio presidente Lula reconheceu que os movimentos sociais como a União Nacional dos Estudantes (UNE), Movimento dos Sem-Terra (MST) e Central Única dos Trabalhadores (CUT) fizeram a diferença no segundo turno das eleições. Os grupos organizados terão forte participação no Congresso do PT”, afirmou Simões, no Sindicato dos Engenheiros, onde ocorreu o encontro, diante de platéia com representantes de movimentos sociais do País.

Berzoini exemplificou as dificuldades de diálogo entre o partido e os movimentos com a conquista, na década de 1980, da Prefeitura de Diadema pelo ex-petista Gílson Menezes, hoje no PSB. “O conflito natural não é um problema, embora às vezes traga dificuldades. Quando o PT conquistou a prefeitura, havia a ilusão de que conseguiríamos, por ser governo, resolver todos os problemas”, disse.

Com relação à proposta de redução do seu mandato por conta do escândalo do dossiê Vedoin, Berzoini afirmou que ele próprio defende que haja novas eleições para a direção do PT ainda neste ano. “Não ouvi ninguém falar disso (de sua saída por conta do dossiê), mas houve mudanças de composições da direção neste processo e é importante que o partido faça a reavaliação de sua atuação. O Congresso tem o direito de reavaliar o partido.”

CANSEI

O presidente do PT ironizou o movimento Cansei contra a corrupção. “Não sei se o patrono é o Haddock Lobo ou o Oscar Freire, mas é um movimento dissimulado, que não assume sua característica partidária”, acusou, referindo-se a ruas de comércio na capital paulista destinado às classes mais abastadas.

Berzoini sugeriu ainda que os líderes do Cansei - o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil de São Paulo (OAB-SP), Luiz Flávio Borges D’Urso, e o empresário João Dória Júnior - representam setores da oposição. Com relação às vaias que Lula vem sofrendo desde a abertura do Pan, ele disse que o PT precisa estar preparado para conviver com elas.

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